Residência dos Éomme

Relembrando a primeira mensagem :

Grande estrutura divida em três casas onde vive uma das mais importantes famílias de Selariel, a família Éomme

Ceinwyn: Sugeri? AH! Ei, não! Coisas ilegais? É claro que não! Eu só... Não sei, é o sono? Agora já estou melhor! Ok, hum - Ela se aproxima do mapa, o observando com cuidado - Podemos tentar entrar por aqui, enquanto uma esquadra vai por lá. Dividimos os pelotões para deixar todos os cantos da casa guardados, assim, se eles tentarem escapar, vão estar encurralados!

Galahad acompanhava o raciocinio de Ceinwyn, acenando positivamente com a cabeça, como se concordasse com tudo que ela dizia

Galahad: Sim, perfeito. Podemos deixar os Templarios por fora, como sugeriu, para guardarem os portões. Eles não são muito de guerra, então essa é a função perfeita para eles. Ah! - ele estala um dedo, como se subitamente se lembrasse de algo - seu amigo o ... Paul! Pediu para te mandar "desculpas" por não estar aqui. Não permitiram que viesse junto com os outros, por que é muito novo e todo blablabla dos Templarios.

Ceinwyn: Ah, não sei por que, mas isso de certa forma me alivia.

Murmura Ceinwyn, um pouco confusa.

Galahad: Acho que entendo o que quer dizer. Ele é um rapaz muito novo e despreparado. Essa guerra que vamos enfrentar ... não é pra ele. Ainda.

Ceinwyn: Sim, ele ainda tem que ver muitas coisas antes de entrar para uma guerra. O que vemos aqui não é nada agradável... Deixa qualquer um sem sono por algumas semanas.

Fala a guerreira, lembrando-se dos seus momentos pós-guerra.

Galahad se lembra do quão dificil fora para ele, quando era só um soldado sem patente, se acostumar - se é que tinha realmente se acostumado - à sensação de uma guerra.

Galahad: As vezes, eu até preferia nunca ter que entrar em uma guerra. - ele mormura, mais para si do que outra coisa. - Ah, Ceinwyn. Imagino que meus homens e ... ahm faunos precisem descansar um pouco. Foi uma longa viagem até aqui, e estamos exaustos.

Ceinwyn: Certo, descansem. Temos muito a fazer. Enquanto isso, eu vou ficar vigiando a casa, já que eles podem atacar a qualquer momento, se receberem a notícia de que vocês chegaram.

Murmura ela, seguindo para fora do esconderijo, para ficar observando fora da casa, em um local protegido.

Os homens de Galahad se acomodaram em um canto, e descansaram para a guerra iminente.
Entretanto, o proprio Galahad não conseguia dormir.
Inquieto, ele seguiu Ceinwyn para o lado de fora, para montar guarda junto com ela.

Dentro, Wang e Machel aparentemente estavam se entendendo, do jeito deles. Os dois dormiam abraçados, praticamente alheios a qualquer coisa que acontecesse em volta.

Tero observava de longe o exército dos guerreiros trazidos por Ceinwyn, ele percebeu que em muito pouco tempo, ele já estaria numa guerra. No entanto havia algo que o assustava, era que por mais que ele lutasse por uma causa justa, por tentar retirar a família rival da sua a tanto tempo do poder, ele temia que não voltasse vivo dessa batalha

Segundos depois, Machel abre seus olhos, meio a contra-gosto. Ele olha para os lados, e percebe que os outros já estavam se preparando para o ataque à Gael.
Portanto, ele cutuca Wang gentilmente, para acordá-lo, embora ainda estivesse um pouco chateado com ele.

Machel: Wangy ... acorde ...
Wang: Hmmm ... já é hora .... ?

Ceinwyn, enquanto fora do esconderijo, observava calma e atentamente a qualquer movimento que viesse de fora. Por enquanto, o exército inimigo não parecia estar fazendo nenhuma investida.
Talvez já soubessem da grande frota que os Éomme haviam recrutado e agora estavam com medo de entrar em ação.

Ceinwyn: Galahad, por favor, já acorde os outros. Não quero que sejamos supreendidos a qualquer momento e... eles já tiveram bastante tempo para descansar.

Fala a guerreira, um tanto chateada com o descanso demorado dos outros soldados. Afinal, ela também havia viajado e não se sentia tão cansada assim. [lol]

Galahad assente, acenando positivamente para guerreira.
Ele entra no abrigo, e surpreso, percebe que a maioria dos homens e faunos já estava em pé e praticamente preparada.

Galahad: Muito bem homens ... e faunos machos [] está na hora de acordarmos e mostrarmos a este povo oprimido a que viemos! VAMOS À GUERRA!

Kite estava no andar de cima com Kyo, alertando ele sobre o que há por vir:

Kite: Kyo, uma guerra esta vindo, eu não quero que você vá! É muito perigoso, você pode se ferir!

Kyo: Não! Eu irei! - disse determinado - Eu já perdi a mamãe, não quero perder você, eu vou estar lá para te ajudar! - Seu pai se surpreendeu, um garoto daquela idade determinado a ir a uma guerra , era incrível.

Kite: T-tudo bem, mas você DEVE sempre estar perto de mim ou de Ceinwyn, não quero que nada lhe aconteça. - Kyo assentiu.

Tero olha para trás, e vê seu irmão, Chroni se aproximando, ele então fala com o elfo

Chroni: como vai irmão? Preparado para a guerra?

Tero: bom, não estou feliz... para acho que estou preparado

Chroni: entendo... em fim, vou acordar a família, devemos estar prontos

Ceinwyn escuta uns murmúrios no andar de cima da casa, sacando sua espada e caminhando discretamente para a escada. Ela se aproxima, até conseguir ver quem eram os dois.

Ceinwyn: Kite! Kyo! Vocês chegaram! Que bom, já estava começando a me preocupar, afinal, bem, não estamos em um ótimo momento para ficar andando por aí.

Kyo: Tia Ceinwyn! - O garoto corre feliz para abraçar a guerreira.

Kite: Oi Ceinwyn - Riu - Estamos bem, não se preocupe.

Ceinwyn sorri, abraçando Kyo de volta. Era estranho, mas ela estava com medo. Aquele garotinho ir para a guerra? Não era arriscado demais?

Ceinwyn: Kyo... Você vai ficar dentro do esconderijo, não é? Não é Kite?

Quando ouviu o chamado de Galahad, Wang já estava terminando de se arrumar, e ia se juntar as tropas, quando sentiu a manga de sua camisa ser puxada.
Ele olha para trás, e se depara com Machel, que o olhava com uma cara um tanto quanto arrependida.

Machel: .... Ve se te cuida, Wang .... eu ... não quero passar a dormir sozinho ....

O elfo moreno sorriu, e deu um suave bejo de despedida nos labios de seu amante.
Wang: Não se preocupe, eu pretendo voltar vivo e inteiro.

E, se soltando das mãos de Machel, ele se juntou ao restante do exercito, que ja se preparava para partir.

Ambos se calaram, Kite se virou para janela e permaneceu em silêncio.

Ceinwyn: Não me diga... não! Isso é loucura! Kite!

Fala a guerreira, se aproximando do rapaz, preocupada.

Kite: é uma decisão dele, ele quer provar seu valor. Não se preocupe, irei proteger ele com a minha vida.

Ceinwyn olha para Kyo, ainda com uma expressão preocupada, mas logo dá um leve sorriso.

Ceinwyn: Certo... se é o que ele quer. Ainda que eu ache perigoso demais, também estarei ao lado dele, protegendo. Kyo, venha aqui, por favor?

Fala a guerreira, de uma forma amigável.

O garoto obedeceu de imediato, parando em frente a guerreira e a olhando nos olhos.

Ceinwyn respirou fundo, se ajoelhando, para ficar na altura do garoto, e colocando as mãos nos ombros dele.

Ceinwyn: Mizu No Yoroi

Uma fina camada de água começou a se espalhar pelo corpo de Kyo, sem molhá-lo ou suas roupas. Apesar de fina e quase não ser vista, era bastante resistente, funcionando como uma armadura. Ceinwyn sorriu, bagunçando os cabelos do garoto.

Ceinwyn: Isso vai funcionar como uma proteção a mais para você, Kyo. Essa armadura pode aguentar alguns ataques de espada sem deixar nenhum corte te penetrar. Mesmo assim, tome bastante cuidado.

Kyo: Que legal! - Espantado - Muito obrigado, tomarei sim. - Sorriu de volta.

Ceinwyn: Então... vamos lá! Temos uma batalha nos esperando!

Fala a guerreira, de certa forma, empolgada com o que estava por vir.

Galahad, comandando o exercito formado por Templarios, Cavaleiros e Faunos se encontram com Ceinwyn, Kite e Kyo.
Juntos, eles marcham rumo à residencia dos Gael.

------------------------------ the guerra is acabada---------------------------------

Ceinwyn entra na residência, já percebendo que ela estava vazia novamente. Os irmãos de Tero e ele próprio deveriam estar no palácio dos Gael. Os móveis estavam arrumados de novo, como se nada tivesse acontecido.
A guerreira, durante o caminho de volta para a casa de Tero, percebeu a distância que Wang manteve entre os dois. Aquilo a lembrava vagamente de um incidente com um certo "Barão" há muito tempo atrás. Ela também mantivera, na época, distância entre o elfo, mas agora sabia que a razão era outra.

Ceinwyn: Você devia cuidar desse seu rosto... deixe-me ver.

Ceinwyn se aproxima de Wang, tentando colocar as mãos de leve no rosto do elfo.

Inconscientemente, Wang desvia o rosto das mãos de Ceinwyn, impedindo que ela o tocasse.

Wang: Está tudo bem ...esse machucado é tão pequeno, que nem deveria ser chamado assim ...

Ceinwyn para, deixando suas mãos no ar por alguns instantes, até abaixar o braço para o lado do corpo. Ela olha para baixo, sem entender o que havia acontecido.

Ceinwyn: Bem eu... acho que você quer ficar sozinho... não é? Eu... me desculpe... estarei ali se precisar...

Murmura a guerreira, caminhando para qualquer quarto que aparecesse em sua frente.

Sozinho, Wang se enfia no primeiro quarto que lhe aparece. E, uma vez sozinho, o elfo, que até então estava agindo como se nada tivesse acontecido, começa a chorar.

Seu rosto podia doer, mas seu coração estava em pedaços.

Ceinwyn encosta-se na parede do quarto onde estava, escorregando até sentar no chão. Ela sabia que algo havia acontecido, mas o quê? Por quê ela não lembrava?
A última coisa que a guerreira tinha na cabeça fora o momento que saíram do palácio dos Gael... mas por que saíram de lá?

Ceinwyn: Ah... verdade... a aposta com o Galahad. Espere... bebida? Eu bebi? Será? Bem... eu estava no meio da rua com o Wang, no chão... ele estava no chão também. Ohh, eu vi alguém se afastando. Quem era? Talvez... ah, era ruivo...

De olhos fechados, Ceinwyn pensava com muito esforço, já que sua cabeça estava doendo e bloqueando qualquer "pingo" de lógica que ela tivesse na mente. De repente, como um estalo, ela levantou-se.

Ceinwyn: Eu lembro agora! Eu fiquei bêbada, levei o Wang para fora, nós caímos, eu disse aquilo e... Machel! Oh droga! Eu estraguei tudo! Mas que... e o Wang... ele...

Batendo a mão na testa, a guerreira saiu do seu quarto, tentando encontrar Wang naquela gigante casa, mas sem sucesso.

Sentado no chão mesmo, Wang tira de seu bolso o anel que Machel tinha jogado fora mais cedo, e o junta ao que ainda estava em seu dedo, fazendo os retinir de uma forma um tanto quanto triste.

Aqueles anéis eram a prova de que os dois estavam juntos, de que ficariam juntos para sempre.
E de repente, o "para sempre" não existia mais. As almas gemeas não eram tão afeiçoadas assim.

Tudo desmoronava.

Ceinwyn passava correndo por todos os quartos, tentando achar Wang. Ela não fazia ideia do que falaria para o elfo, mas sabia que se não fizesse nada, ele passaria por tudo isso sozinho, sendo que ela era a culpada.
Ao passar pela frente de um quarto, a garota escuta um choro. Como não havia mais ninguém em casa, era óbvio de quem era.
A guerreira engoliu em seco, aproximando sua mão da maçaneta, porém parando antes de girá-la.

Ceinwyn: O que eu faço... eu nunca fui boa com isso... confortar as pessoas, além de ser minha culpa... é bem provavel que ele tente fingir que tudo está bem de novo... ARGH! Por que raios ele não me deu um soco bem forte no meio do rosto? Certo... vamos lá.

Ceinwyn abriu a porta devagar, sem querer assustar Wang. Ela percebeu a escuridão do quarto e uma silhueta de alguém sentado no chão do local.
A guerreira se aproxima, também com cuidado, se ajoelhando perto do elfo, sem desviar o olhar dele.

Ceinwyn: Wang... eu... me desculpe por isso... não chore... [fuckdahpolice, não sei o que mais falar auhaeauheua d;]

Wang: Não .... não é culpa sua, Ceinwyn ... - o elfo diz, tentando não chorar, mas ainda soluçando - eu deveria ter percebido .... percebido que .... ele estava com ciumes ... que eu não estava cuidando dele como devia ....

A guerreira permanece em silêncio, olhando para Wang. Ela não sabia o que falar, já que nunca passara por isso antes, além do fato de ser péssima com as palavras.

Wang aperta com força os aneis em sua mão, e abraça suas pernas, formando uma "bolinha"

Ceinwyn suspira, se aproximando mais e colocando a mão, de leve, no ombro de Wang.

Ceinwyn: Wang... não chore... tenho certeza de que se explicarmos tudo para o Ma... para ele... bem, ele vai entender.

Wang: Eu ... quero muito acreditar nisso, Ceinwyn ... - o elfo diz, com a voz abafada - que ... ele me escute, que ... entenda que tudo aquilo foi só um mal entendido ... e que .... você, Ceinwyn é quase como se fosse ... uma irmã .... e ... ele .... é .... especial ... dif-diferente ....

Ceinwyn: Ele vai entender... eu vou ajudar Wang. Foi por minha causa que isso aconteceu, ele vai entender sim. Certo?

Wang assente positivamente, mas ainda sem tirar a cabeça do meio das pernas. Ele estava com muita vergonha, por estar chorando deste jeito na frente de Ceinwyn, e não sabia muito bem como reagir a isto.

Wang: O-obrigado ... Cein-wyn ...

Ceinwyn abre um fraco sorriso, abraçando Wang com cuidado. Ela já não sabia mais o que fazer, porém, queria que o elfo parasse de chorar. Era triste ver um amigo nesse estado, e por sua culpa.

Desta vez, Wang não evitou que Ceinwyn o tocasse.
Ele estava plenamente consciente sobre seus sentimentos em relação a ela, e em relação a Machel. E sabia que os dois eram totalmente diferentes.
Só precisava mostrar isso ao elfo ruivo ... e chorar não iria fazê-lo.

Aos poucos, Wang começou a se acalmar, até finalmente parar de chorar.

Ceinwyn: Você está melhor? Hum?

Pergunta a guerreira, se afastando e fitando o amigo, preocupada.

Wang finalmente consegue levantar sua cabeça, e olhar para Ceinwyn.
Apesar dos olhos e bochechas avermelhados, ele sorria timidamente.

Wang: Sim ... obrigado, por me apoiar .... minha amiga, Ceinwyn ...

Ceinwyn sorri, um pouco sem jeito, acertando um soco de leve no braço de Wang.

Ceinwyn: Não tem de quê Wang... bem, então, acredito que depois de tudo que aconteceu, seja melhor você descansar antes de ir atrás dele. Além disso, vai dar mais tempo para que ele esfrie a cabeça... - ela suspira, abaixando o rosto - mais uma vez... me desculpe por isso...

Wang: Te - tem razão ... - ele diz, se levantando, e dando um tapinha amistoso nas costas de Ceinwyn - e ... não precisa pedir desculpas de novo ... - o elfo sorri - você me ajudou muito ...

Ceinwyn: 'É... mas primeiramente atrapalhei...' Bem... eu vou te deixar descansar... certo? Se precisar... ehn... lá fora... você sabe.

Murmura ela, seguindo para fora do quarto, mas esperando Wang dizer algo antes de sair.

Wang: Eu ... chamarei ... - ele diz, coçando a nuca - descanse bem Ceinwyn ...

Ceinwyn assente, acenando e fechando a porta do quarto. Ela suspira, uma vez fora, caminhando para a varanda da casa dos Éomme.

Ceinwyn: Ai... por que eu só consigo estragar as coisas? Espero que tudo fique bem... realmente espero...